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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Crítica - O Cavaleiro das Trevas Ressurge


Depois do enorme sucesso de ‘The Dark Knight’ fazendo-o cair nas graças de todos os cinéfilos, atingindo o ponto mais alto que poderia, era hora de se perguntar: “O que esperar do próximo filme?”. Convenhamos que a magnitude que TDK teve era digna dos personagens, além da magnífica interpretação de Heath Ledger como Coringa, e das questões filosóficas em que Bruce(Christian Bale) foi colocado, ao fim do filme ficamos empolgados em saber a que ponto levará a dura perseguição ao Batman.
Saber que o vilão escolhido por Christopher Nolan para 'The Dark Knight Rises' seria Bane(Tom Hardy) deixou todos inquietos, pois ele não é uma das melhores opções da galeria de vilões do Batman( e olha que essa galeria é uma das maiores),mas com os detalhes do novo filme saindo foi possível ter alguma esperança a respeito do encerramento da saga (afinal como o Gary Oldman disse ‘In Nolan we trust’), e os trailers nos mostraram que o Bane representado não seria como nos quadrinhos e, felizmente, também nada igual ao de ‘Batman & Robin’. E o filme tem muito mérito...
[cuidado com  possíveis SPOILERS daqui pra frente]

-“And...here...we...go!”

A maior impossibilidade desse filme é não tentar compará-lo com o anterior, e isso acontece já nas primeiras cenas, que é quando somos apresentados ao mercenário mascarado, Bane. A sequência mostra que Bane também ‘bota a mão na massa’ em suas ações e não apenas envia seus capangas, mas considerando sua massa corporal isso não é tão impressionante, e até esse ponto poderíamos dizer que esse seria um vilão decepcionante, porém só estávamos vendo uma parte da trama. Para quem conhece Bane nos quadrinhos sabe que ele foi criado para ‘inutilizar’ o Batman, sendo um vilão que desafiaria a força do morcego, e daí a brilhante idéia de mostrar uma Gotham que há 8 anos não vê o Batman, nos fazendo acreditar que realmente o Batman estará fraco, pois como todo ser humano, seu alter-ego está sujeito ao envelhecimento. Já ressalto o ponto ‘falho’ no roteiro: uma cidade como Gotham que é mostrada como ‘podre’ desde ‘Batman Begins’, não ficaria livre de bandidos durante 8 anos(!) apenas por uma lei, tornando o Batman dispensável; uma relativa diminuição nos crimes já seria compreensível, mas uma 'limpeza' geral na cidade é demais.
Vendo a cidade começando a ser ameaçada por um novo mal surgindo das sombras, e a população clamando o retorno do Homem Morcego, o recluso Bruce Wayne acaba resgatando a armadura para lutar mais uma vez. Ao ter de agir para impedir a primeira ação aberta de Bane, o povo de Gotham vê o reaparição de Batman e por mais que muitos o vejam como um delinquente, todos que se lembram dele sentem-se felizes por vê-lo voltar. Mas grande parte do retorno também se deve ao policial John Blake(Joseph Gordon-Levitt), que tem o mesmo espírito que Gordon pela justiça e a mesma dor que Batman/Bruce, e com a fé que tem na integridade do herói o faz acreditar que seu retorno é desejado.
A trama tem vinculo direto com o primeiro filme da saga e por isso fecha um ciclo, vimos o Batman nascer, atingir seu ponto alto como herói e agora o final onde haverá reconhecimento. Temos personagens que estão ali para forçar as ligações, mas que ao fim são fracos demais, só que não o suficiente para estragar o filme. Pessoalmente não considero melhor que o filme anterior, mas consegue colocar um final perfeito na saga, com Batman sendo o máximo de herói que ele poderia ser. E com a declaração do diretor dizendo que não retorna para a franquia, podemos começar a fazer apostas em qual será a idéia para a nova franquia, pois caminhos não irão faltar com o final deste filme, só resta saber se alguém terá competência para saber utilizar as deixas que Nolan preparou.


domingo, 8 de julho de 2012

Crítica - O Espetacular Homem Aranha



Bom, bem mais tarde do que os outros blogs, mas aqui está nossa crítica do mais novo filme de super-heróis: ‘O Espetacular Homem-Aranha’. Aviso que contém SPOILERS.
O filme que decidia recomeçar a história do ‘amigo da vizinhança’ não estava sendo visto com bons olhos pela maioria dos fãs, e até mesmo pelos não-fãs, e muito disso se deve ao fato de ainda termos uma trilogia recente...Tão recente que o primeiro filme tem apenas 10 anos(!), e deixou bem marcado as possibilidades das sequências do Aranha. E para tentar tirar o foco que temos na trilogia de Sam Raimi, o novo diretor Marc Webb tem que remodelar os personagens e suas motivações.
O Peter Parker(Andrew Garfield) que vemos no filme não é tão nerd quanto o que conhecemos(e me refiro aos quadrinhos), ele anda de skate pelos corredores da escola mesmo com as proibições e não teme enfrentar seu nemesis-bully, Flash Tompson, quando este humilha outro estudante e obriga Peter a fotografar a cena. Apesar de aparentar ser o gênio que conhecemos, não vemos grandes demonstrações disso a fundo. Muito menos de sua paixão loira, Gwen Stacy(Emma Stone), que lidera estágios em um laboratório na Oscorp, sem ao menos nos mostrar um pouco de suas capacidades intelectuais.
Mas o fator crucial para a repulsa pelo filme gira em torno dos pais de Peter. Sabemos que ele foi criado pelos tios, Ben(Martin Sheen) e May(Sally Field), mas nesse filme vemos o que aconteceu a seus pais, e o porquê. E é justamente isso que estraga o filme aos olhos de pessoas mais críticas. Vemos que Richard Parker(Campbell Scott) trabalhava em um projeto secreto, e ao tentarem roubá-lo ele precisa fugir. E chega a doer com o insulto do roteiro, quando vemos, em seu escritório, que seu projeto envolvia aranhas. Após 10 anos a morte de seus pais, Peter descobre sobre o projeto que o leva ao parceiro de seu pai, Dr. Curt Connors (Rhys Ifans). Na Oscorp ele acaba encontrando a única parte do projeto que foi um sucesso: as aranhas modificadas. O projeto que visava a combinação genética só havia sido alcançado por Richard, com suas aranhas, e é justamente ao bisbilhotar o contêiner das aranhas que as coisas começam.
Se envolvendo com Connors, na conclusão do projeto em que Connors recuperaria seu membro perdido, além de ajudar as pessoas no mundo inteiro, é claro. Mas com esse envolvimento Peter acaba tendo discussões em casa, que levam-no a brigar com seu tio e sair de casa. E é ao ir atrás de Peter que Ben encontra seu fim. As circunstâncias são diferentes das conhecidas, o que é uma boa mudança. Inclusive o fato de ter havido uma discussão, ajuda na dor pela morte do tio. Mas o que muitos fãs poderiam reclamar, é a transmutação da maior frase da Terra 616...Aquela sobre responsabilidade.
Nada novo no desenvolvimento dos poderes, exceto que agora não teremos as teias orgânicas...Mas isso só ajuda como mais pedra atirada pelos críticos. Os lançadores são desenvolvidos por Peter...Mas o famoso fluído de teia, não! Ele consegue comprá-los!! DA OSCORP!! E o que me deixou profundamente irritado, é que com os lançadores poderia ver uma situação que considero que muitos também esperariam: o fluído se esgotar. Mas em nenhum momento vemos o Aranha ter de trocar o fluído em ação. Por mais que o fluído seja bem comprimido nos lançadores, ele não deve ser infinito.
Sempre falando de Oscorp, fica claro que teremos a participação do dono da empresa aqui, apesar não aparece pessoalmente hora nenhuma. Mas temos referencias diretas a ele, pois o projeto de Connors deveria ser concluido principalmente para Osborn, já que este estaria morrendo. E quando a formula é confiscada sem testes em humanos, que Connors aplica em si mesmo, e surge o ‘Godzilla’, como é mencionado no filme. E com essa transformação a mente também se modifica, com direito a vozes mandando fazer algo (isso lembra alguma coisa?...também verde,talvez).E daí vem o roteiro clichê: ao dar a Connors o algoritimo final para a formula de combinação funcionar, e o surgimento do monstro, Peter se vê na situação ‘Criador/Criatura’ e este tem que impedir a destruição da cidade.
Fora essas falhas tudo corre bem, a perseguição da policia que o julga um ‘vigilante acima da lei’ toma lugar à perseguição da mídia(já que aqui não teremos certo editor-chefe), e claro a ajuda dos cidadãos nova-iorquinos que ajudam herói de forma profundamente agradecida.
Esse filme não nos faz esquecer o trabalho de Raimi, coisa que está fresca demais em nossa memória, mas também não deve ser tão desprezado quanto parecia.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Clint Eastwood - 82 anos


Hoje está completando 82 anos do nascimento do ator e cineasta Clint Eastwood, ou simplesmente Clint. O astro é famoso pelos seus papéis sério e duros, tanto em filmes dirigidos por ele próprio ou não.
Do you feel lucky?
Antes da fama Clint teve vários empregos pelos EUA, e mesmo depois de se formar trabalhou como atendente em um posto de gasolina, foi bombeiro e até tocou piano em um bar da cidade de Oakland, onde se formou. Mas em 1950 quando foi convocado pelo exército e enviado para a Guerra da Coreia seu avião caiu deixando-o ferido gravemente e impedindo que fosse para a guerra. Conseguiu emprego na Universal, mas foi demitido por seu pomo de adão incomodar um executivo. O homem multi-tarefas começou sua carreira com pequenas participações em filmes, mas ao dedicar seu tempo para interpretar um um personagem na série de western, ‘Rawhide’ ,foi que ele chamou atenção do diretor Sergio Leone.
Da parceria Leone-Eastwood surgiria a consagrada Trilogia dos Doláres. O primeiro filme da trilogia foi ‘Por um punhado de doláres’ (1964), que foi onde Clint ganhou destaque por sua interpretação do pistoleiro que nunca modifica sua expressão, e que em momento algum revela seu nome. O filme é uma adaptação de Yojimbo, clássico do cinema japones dirigido por Akira Kurosawa em 1961, que também mostra um forasteiro que se aproveita da rivalidade entre dois grupos para seu próprio proveito. O segundo filme da trilogia veio no ano seguinte chamando-se ‘Por uns doláres a mais’, sendo um filme inferior ao primeiro por não ser tão completo quanto o primeiro demonstrava ser, e tendo uma história sem muita motivação.
Mas eis que em 1966 vemos um dos marcos do western spaghetti, o terceiro filme da trilogia ‘Três Homens em Conflito. Considerado como um dos melhores faroeste da história do cinema, o filme gira em torno de três pistoleiros disputando uma fortuna enterrada em meio a Guerra Civil americana. Dentre acordos e traições em meio a tiroteios, torturas em campos de prisioneiros, reencontros familiares, vemos uma história densa e magnética que ainda nos mantém atentos à tela durante as quase 3 horas de filme, mesmo sem os inúmeros tiroteios. Um filme que consolidou a história do western.
Nos anos 70 e 80, Clint participou da outra série de filmes que mostraria que ele é durão.
O policial durão e que age sem o consentimento da lei, Dirty Harry, não liga para nada sua forma de ação, apenas que deve acabar com o ‘lixo humano’.
No anos 90, após a morte de Leone, Clint decide fazer um filme mais um filme de faroeste dirigido por ele com os ensinamentos de seu antigo diretor. Atuando ao lado de Morgan Freeman, Richard Harris e Gene Hackman, ele homenageia os westerns e explica as motivações dos pistoleiros do Velho Oeste, com o filme ‘Os Imperdoáveis’(1992). Ganhou 4 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor.
Eastwood dirigiu muitos outros filmes consagrados, e atuou em alguns deles:As Pontes de Madison(1995), Sobre meninos e lobos(2003), A Conquista da Honra(2006) e Cartas de Iwo Jima(2006). Um dos mais famosos dirigidos por ele é Menina de Ouro(2004), também ganhador de 4 Oscars. Seus últimos filmes foram: J. Edgar(2011), Além da Vida(2010), Invictus(2009) e o excelente Gran Torino(2008).

O fato é que o olhar frio e penetrante de Eastwood está presente da pessoa e não no personagem, mas isso o faz ser tão marcado como um anti-herói. Assim como o próprio Leone diz:


-Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele.


Com ou sem chapéu, armado ou não, atuando ou dirigindo, nascido Clinton Eastwood Jr. ou Joe ou Monco ou Blondie ou Dirty Harry ou Clint ‘Badass’ Eastwood, ele sempre será lembrado pela falta do que lembrar, sempre sendo ‘The Man With No Name’.




sábado, 26 de maio de 2012

Crítica - Homens de Preto 3 ( MIB III)


A Agência Governamental que policia e monitora atividades alienígenas  no planeta Terra está de volta. Colocando seus ternos de volta à ação, os Homens de Preto voltam ao cinema em seu terceiro filme, 'MIB III', lançado 10 anos após o último, com uma nova abordagem: viagem no tempo ou, como no filme, ‘time jump’.

            Como toda sequência lançada com tanto tempo de intervalo, está é mais uma que nos faz pensar que os produtores aproveitarão do sucesso da série para lucrar com mais um filme ‘descartavel’, nos fazendo desejar sermos ‘neuralizados’. E é então que me surpreendo...
Na sinopse apresentado no trailer, com Boris,um alien capturado pelo Agente K (Tommy Lee Jones), escapando da prisão e voltando no tempo para se vingar, matando K. De alguma forma ele é sucedido pois no dia seguinte o Agente J (Will Smith) descobre, ao procurar o parceiro, que este estava morto há mais de 40 anos. Sendo o único a se lembrar da realidade em que K derrotava Boris e impedia que houvesse uma invasão ao planeta, J deve retornar ao ano de 1969 e impedir que Boris mate seu parceiro e assim restabelecer a ordem e salvar o mundo. Mas não mantendo-se anônimo, J acaba se encontrando a versão jovem de K (Josh Brolin). Até aqui já poderíamos pensar que o filme funcionava apenas para abrir o grande leque das realidades alternativas e, assim, recomeçar a franquia dando um ‘fim’ aos velhos conhecidos e nos apresentando novos personagens. Mas não.
O trailer nos deixa a pensar sobre quais segredos K não revelou a J, que são mais misteriosos que os segredos do Universo. E nos faz perguntar o porque de K ser tão frio, e o que o deixou assim. Com a viagem no tempo em pauta é certo que tais segredos virão à tona, e é nesse ponto que filme funciona para criar algumas explicações que pareciam forçadas se tivessem sido apenas incluídas num roteiro, mas o que vemos é que todo o filme parece ter sido feito para essas explicações serem mostradas. Assim como todo filme de viagem no tempo, os possíveis paradoxos deverão ser evitados (Ou não). E não podendo esquecer na excelente ideia de retratar a ‘moda alienígena’ mostrando que os aliens em 1969 realmente eram como os aliens da era ‘Flash Gordon’, com suas enormes cabeças, sangue verde e capacetes de aquário.
Apesar de vários elementos adorados dos outros filmes terem sido deixados de fora - como o buldogue falastrão, Frank, e pouco vimos os aliens alucinados por café - o filme conseguiu ser muito bem proveitoso com a ação e as leves piadas, e não se afogar em mais um filme apenas sobre aliens. E não podemos deixar de lamentar a retirada do personagem Zed (Rip Torn), diretor da MIB, e imaginar o porque dele ser retirado e o que aconteceu a ele.
Arrisco dizer que esse aparentava ser um encerramento para franquia e não um possível recomeço, e serviu mais para emocionar os fãs. Mesmo os que não gostarem do filme, podem solucionar tal coisa com uma simples neuralização.

          Se gostaram dessa crítica, obrigado. Se não...continuem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Recomendação de Livros - [Especial Dia da Toalha]


NÃO ENTRE EM PÂNICO

Hoje em vários países do mundo é comemorado entre a população nerd o Dia da Toalha, onde fazem homenagem a Douglas Adams, autor de um dos livros mais icônicos da cultura nerd. O livro em questão é ‘O Guia do Mochileiro das Galáxias’, o primeiro volume da famosa trilogia de cinco livros, sendo as sequências ‘O Restaurante no Fim do Universo’, ’A Vida, o Universo e Tudo Mais’, ‘Até Mais e Obrigado pelos Peixes’ e ‘Praticamente Inofensiva’.
Originalmente a série era um programa para a rádio BBC em 1978, e depois adaptado para os livros, uma série que envolvia ficção cientifica e comédia britânica. A história mostra como o terráqueo Arthur Dent descobre que um de seus amigos próximos era na verdade um extra-terrestre, vindo de um pequeno planeta perto de Betelgeuse. Esse amigo, Ford Prefect, revela tal segredo para poder salvar Arthur da ‘demolição’ do planeta Terra, que precisava dar lugar a um desvio hiperespacial. E para sair do planeta eles pegam carona em uma das naves de demolição. O fato de a Terra ser destruída só dá o ‘pontapé’ para o protagonista, até então ignorante sobre sua insignificância, começar a viajar pela galáxia como um mochileiro e se envolver em diversas aventuras. As aventuras começam quando Arthur e Ford são ‘encontrados’ pela nave Coração de Ouro, que acabava de ser roubada pelo Presidente da Galáxia, Zaphod Beeblebrox, que por coincidência era semiprimo de Ford. Na nave também estava a terráquea Tricia McMillan(ou Trillian), que havia saído da Terra com Zaphod.
Para sobreviver na galáxia existe o Guia do Mochileiro da Galáxias, que contem todas as informações úteis para um viajante. Dentre essas informações surge a vasta utilidade da toalha, que é retratada em uma página inteira do livro, e sempre é utilizada ao longo da viagem.
Dentre vários elementos da saga, não só a toalha se destaca entre os fãs, mas também personagens, frases, lugares, e até bebidas. Onde o Guia diz qual a melhor bebida da galáxia, a Dinamite Pangaláctica, e como prepara-la. Além de indicar o excelente Restaurante no Fim do Universo, o Milliways, um restaurante que fica contido em uma bolha de espaço-tempo no instante em que o Universo acaba. Por estar nessa bolha os clientes podem assistir ao magnifico espetáculo sem serem atingidos pela hecatombe e, pra melhorar as coisas, como o restaurante fica no futuro mais distante possível, você pode consumir o quanto quiser e assim que voltar para sua época basta depositar 1 décimo da moeda corrente que até o fim do Universo terá rendido lucro o suficiente para pagar sua conta.
Um dos principais elementos do livro é a resposta para a vida, Universo e tudo mais, que nada mais é que 42. Mas ao contrário de toda a filosofia humana que busca respostas para tudo, no livro Douglas já nos dá a resposta, porém nos diz que antes precisamos definir qual é a pergunta. Que se torna o principal objetivo para os personagens em meio às fugas e perseguições.
Mais do que qualquer outropersonagem o mais adorado pelos fãs é o robô maníaco-depressivo da Coração de Ouro: Marvin, o andróide paranóide. Um robô com a mente do tamanho de um planeta construído com um sistema de PHG, personalidade humana genuína, o que é evidente diante de sua melâncolia.

-Ah, a vida!Pode-se odiá-la ou ignorá-la, mas é impossivel gostar dela.

Ao longo dos livros, Arthur, Ford, Trillian, Zaphod e Marvin,o andróide paranóide, viajam pela galáxia sempre se metendo em encrencas diante da politica galática, e tentando buscar o sentido da vida. Ao terminar de ler a saga completa, indico pegarem a mini-série televisiva de 6 episódios, e depois a adaptação cinematográfica, que foi lançada em 2005 logo após a morte de Douglas, tendo este trabalhado no roteiro para o filme. 

-Resistir é inútil!

Com muitas reviravoltas a história se torna complexa, a ponto de ser impossível(ou improvável) de conseguir falar em apenas um post, desta forma fica a recomendação e o aviso de que ler o livro pode causar danos permanentes à sua imaginação. Seguindo o aviso na capa do Guia, não entre em pânico ao começar a ler a ‘trilogia’.

"Há uma teoria que indica que sempre que qualquer um descobrir exatamente o que, para que e porque o universo está aqui, o mesmo desaparecerá e será substituído imediatamente por algo ainda mais bizarro e inexplicável...
Há uma outra teoria que indica que isto já aconteceu"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Recomendações de Livros - 04 [Bienal]

"Todos por um ! Um por todos !"

   Então aproveitando as recomendações duplas aqui então vai mais uma . Hoje então indicaremos Alexandre Dumas (pai) escritor de livros de romances no século XVII .
   Por ordem de lançamento o primeiro seria Os Três Mosqueteiros um tipico romance de capa-e-espada, publicado inicialmente de março a julho de 1844 num folhetim chamado Le Siècle e posteriormente lançado já como livro ainda em 1844 ,pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé.

   Nesta obra Dumas nos inicia com o jovem abandonado D'Artagnan que vindo do interior vai a Paris em busca de se tornar um Mosqueteiro que era na epoca uma especie de elite dos guardas reais.Num burgo chegando à Paris D'Artagnan se envolve numa briga com alguns agentes do Cardeal Richelieu que lhe confisca a carta de recomendação que seu pai escrevera para ser entregue a Monsieur de Tréville capitão dos Mosqueteiros do rei .Sem a carta D’Artagnan fica a merce da propria sorte e em Paris procura Monsieur de Tréville que lhe promete um lugar na companhia .Após sair da entrevista, sai em perseguição a um dos agentes que confiscara sua carta onde  havia o reconhecido da janela. D'Artagnan provoca contra sua vontade três dos melhores Mosqueteiros da guarda real  para um duelo, ao esbarrar com o nobre Athos, ao se enrolar no manto do bondoso Porthos e ao apanhar do chão um lenço que comprometia o romantico Aramis.

   Mas os duelos nessa epoca estavão proíbidos. Os guardas do Cardeal flagram um dos mosqueteiros e o jovem já batalhando e os outros esperando para também lutarem com D'Artagnan caso o primeiro perdesse a disputa , essa narrativa é uma das muitas bem empolgantes no curso do livro. Os mosqueteiros recusam-se a entregar suas armas e D'Artagnan então junta-se a seus ex-adversários para duelar com seus novos inimigos. Depois de um combate fervoroso mas também engraçado, em que os guardas são então derrotados, e os quatro jovens trocam votos de amizade. Dai em diante eles se envolvem em varias aventuras a serviço de Rei Luís XIII e a rainha Ana d'Áustria a quem sempre juraram protejer acima de tudo .
  O sucesso do romance foi tanta que Dumas o adaptou para o teatro (e posteriormente para o cinema) e logo outros dois outros romances seguiram, tomando os quatro mosqueteiros como personagens principais, e formando assim a Trilogia dos Mosqueteiros : "Vinte Anos Depois", lançado em 1845, e "O Visconde de Bragelonne" (O Homem da Mascara de Ferro) , escrito entre 1848 e 1850.
  A trilogia de Dumas já teve diversas adaptações para o cinema dentre elas a The Iron Masck (1929) 72’min EUA ,Direção Allan Dwan ,Os Três Mosqueteiros (1993) 105’min EUA, Reino Unido, Áustria ,Direção Stephen Herek com Charlie Sheen -Aramis, Kiefer Sutherland -Atos, Chris O'Donnell -D'Artagnan e Oliver Platt -Porthos  The Three Musketeers (Os Três Mosqueteiros) 75’ min EUA ,George Sidney Estrelado por Gene Kelly ,no papel de D'Artagnan, e Lana Turner, teve Vincent Price no papel de Porthos ,The Man in the Iron Mask (O Homem da Máscara de Ferro) (1998)132’min EUA Randall Wallace com elenco  Leonardo DiCaprio - Rei Luís / Phillipe , John Malkovich - Athos , Jeremy Irons - Aramis , Gabriel Byrne - D'Artagnan , Gérard Depardieu - Porthos  e por fim a mais recente Os Três Mosqueteiros (2011) 110’min EUA/Alemanha com direçao Paul W.S. Anderson e elenco de Logan Lerman - D'Artagnan , Matthew Macfadyen - Athos , Ray Stevenson - Porthos , Luke Evans - Aramis.
  Uma curiosidade sobre a celebre frase dos mosqueteiros é que ela é comumente dita ao contrario sendo que na obra classica ela é "Todos por um ! Um por todos !". Outra curiosidade  o título previsto inicialmente seria "Athos, Porthos e Aramis", mas foi alterado para "Os Três Mosqueteiros" por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do "Siècle" (para quem o título evocava aos leitores as três Parcas da mitologia grega).


   

   Falando agora de outra celebre obra de Alexandre Dumas é o Conde de Monte Cristo lançado entre os anos de 1844 e 1886 , lançado inicialmente pela editora Chapman & Hall conta a história do marinheiro Edmon Dantes que fora preso injustamente no temido castelo d’If por ter ido à Ilha de Elba, onde teria recebido uma carta de Napoleão em seu exílio.Onde na verdade, ele fora vítima de um complô de o juiz de Villefort, filho do destinatário da carta de Napoleão, que, mesmo atestando sua inocência, quis silenciá-lo o enviando antão para o castelo d’if , Danglars, que desejava o posto de capitão do navio, e Fernand Mondego, melhor amigo e futuro marido de sua então noiva, Mercedes . Lá, ele conhece o culto e misterioso abade Faria um preso politico de Napoleão de quem fica amigo . Quando o clérigo morre, ele escapa da prisão e toma posse de uma misteriosa fortuna. O marinheiro, agora em condições financeiras, pode vingar-se daqueles que o levaram à vida de prisioneiro.
    O Conde de Monte Cristo é sem duvida uma das obras mais adimiradas e respeitadas do mundo , num clima envolvente Dumas conecta Edmon ao publico de uma forma em que a vingança seje algo desejado e correto para aqueles que o levaram para tal infortuno.
    Sua videografia é também bastante densa com obras celebres resaltando : O Conde de Monte Cristo (1934) dirigido por Rowland V. Lee com Robert Donat no papel de Edmond Dantès onde alguns trechos são vistos no filme V de  Vingança  , O Conde de Monte Cristo (1998) 150’min com Gérard Depardieu no papel de Edimon Dantes , The Count of Monte Cristo ( O Conde de Monte Cristo) (2002) 131’min EUA  com elenco Jim Caviezel - Edmond Dantes , Guy Pearce - Fernand Mondego , Richard Harris - Padre Abade Faria .





"Como eu escapei? Com dificuldade...
 Como preparei este momento ? Com prazer..."
filme: O Conde de Monte Cristo (2002)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Recomendaçoes de Livros - 03 [Bienal]


Por motivos de um desvio pela 4ª dimensão, hoje faremos uma recomendação dupla, indicando dois livros do mesmo autor também como remissão pela falta de recomendação de ontem. Hoje teremos Herbert George Wells, um dos mestres da ficção cientifica.
Como segundo livro temos/teremos ‘A Máquina do Tempo’, primeira obra de Wells; neste livro ele já revelou sua importância para a ficção ao abordar um tema que talvez sempre esteve presente na imaginação humana, a viagem no tempo. Mas isso poderia não significar nada hoje em dia (onde temos DeLoreans, cabines telefônicas, TARDIS, portais,adagas mágicas e etc), mas em 1895 ao ser publicado ninguém havia sequer imaginado um meio de transporte que viajasse na linha temporal.
O livro conta como o ‘Viajante do Tempo’ relata a seus amigos a viagem que realizou com uma máquina que havia criado, indo até o ano 802701(!) e a sociedade que lá encontrou. Um dos principais pontos que mostra o pioneirismo deste assunto está justamente pelo ano em que o Viajante chega, já que na época do livro não havia nenhum tipo pensamento para o futuro a tão longo prazo. E o livro surpreende na simplicidade da estória já que, além da viajem no tempo, o autor fala sobre a sociedade dominante do futuro. As duas espécies em 802701 são os Elóis, criaturas frágeis e dóceis que vivem a brincar, e os Morlocks que são seres carnívoros que vivem nos maquinários sob a superfície da Terra. A descrição das espécies mostra claramente uma crítica social para a Inglaterra do século XIX, entre a burguesia e classe operária. Mesmo com duas versões cinematográficas o livro mantém a capacidade de nos surpreender.
Para o primeiro livro temos ‘A Guerra dos Mundos’, de 1898, onde Wells conta como foi a invasão de nosso planeta pelos marcianos. O livro começa com o narrador convidado a um observatório para ver ‘estranhas’ erupções em Marte, que ocorriam em intervalos de 24 horas, e pouco tempo depois, presenciar a queda de um objeto vindo do espaço. Com o mesmo intervalo das erupções de Marte caíram enormes cilindros metálicos próximos a Londres. o pânico surge quando os cilindros se abrem e saem os tripods - máquinas controladas pelos marcianos- que iniciam a onde de destruição e extermínio. Os tripods são máquinas sustentadas por três pernas mecânicas e uma cabine de controle, dotados de grande altura e uma arma capaz de incinerar e pulverizar, o Raio de Calor.[Vale ressaltar que como várias tecnologias de hoje que nasceram na ficção, o ‘Raio de Calor’ é precursor do ‘raio laser’]
O livro relata a luta do narrador para sobreviver diante da destruição que se espalha e as formas como diferentes indivíduos reagiriam diante de tal situação; principalmente o Padre, que enlouquece ao ficar cercado nas ruínas de sua casa, e o Soldado que aceita a derrota e planeja a forma de manter um grupo de sobreviventes para o ‘pós-apocalipse’. Com um final que nos coloca em posição de importância, apesar de nossa fragilidade, o livro deixa uma sensação de grandeza para a humanidade.
Tendo duas adaptações cinematográficas e uma dramatização radiofônica, o livro definitivamente tem a critica a seu lado; por nenhuma das adaptações terem mantido a essência da ficção que H.G. Wells oferece.
Dois ótimos livros de ficção científica para todos que ainda não tiveram a oportunidade de selecionar um livro para começar.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Recomendaçoes de Livros - 02 [Bienal]

Então, o que é que vai ser hein?


    Para a segunda recomendação no clima da Bienal, hoje temos o polemico livro de Anthony Burgess, ‘A Laranja Mecânica’. Lançado em 1962 o livro contava a história de Alex e seus droogs(Pete, Georgie e Tapado, 'Tapado' porque ele era tapado), que formavam uma gangue de jovens arruaceiros, praticantes de roubos e estupros. O livro choca por sua descrição meticulosa dos espancamento e dos estupros, e não menos que isso o prazer doentio em que eles tem em suas ações. Porém a intenção do autor era retratar o futuro caótico em que Londres poderia mergulhar em vista da época. Um futuro onde adolescentes faltam às aulas, vagam pela noite provocando confusão, e utilizam drogas em bares noturnos disfarçadas em uma mistura com leite... Uma cidade onde a noite é governada por gangues.
O livro traz também um conceito muito intrigante sobre lobotomia. O experimento realizado em Alex durante sua estadia na prisão, o Tratamento Ludovico, tinha o intuito de torna-lo incapaz de qualquer ato de violência. Mas para isso ele deveria passar por duras sessões de ‘tortura’ visual, para que ele sofresse aversão a atos violentos e a drogas. A ideia da utilização desse método em pessoas, causou tanta polêmica quanto a violência retratada, fazendo o livro receber várias críticas negativas em seu lançamento. Além da dificuldade de compreensão do texto, que inclui um vocabulário criado pelo autor para representar a gíria utilizada na época que o livro se passa, fazendo uma mistura entre inglês e russo.

Mas o livro se tornou notório após a estreia de sua adaptação cinematográfica,dirigida por Stanley Kubrick em 1971. O filme, mesmo que não sendo um sucesso em seu lançamento, ficou muito famoso mas inicialmente, assim como o livro, não pela crítica social e sim pela alta violência. Mas com o tempo ambos se tornaram clássicos, assumindo a categoria de cult e sendo referências hoje em dia. 
O filme é uma adaptação quase fiel ao livro, somente não o sendo devido ao final divergente, mas que deixa mais interessante para o público que apreciaria o filme. Mas o que só pode ser comprovado após conferir as duas obras.


“Mas vós, Ó, meus irmãos, lembrai-vos de quando em vez deste que era vosso pequeno Alex.Amém. E aquela kal total.”

domingo, 20 de maio de 2012

Recomendações de Livros - 01 [Bienal]

           Aproveitando o clima da Bienal do Livro daremos algumas sugestões de livros no decorrer da Bienal, diariamente indicaremos livros que consideramos serem de boa leitura. Então para iniciar essa seleção começaremos com um dos clássicos da literatura mundial e um dos maiores ícones da literatura policial ,onde esse livro inspirou diversos filmes e recentemente uma serie de TV. Estamos falando de Sherlock Holmes - Um Estudo em Vermelho do Sir Arthur Conan Doyle publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual em novembro de 1887. A primeira edição, em formato de livro, só seria lançada em julho de 1888.

            A obra é famosa por ser o primeiro livro do Sherlock Holmes e onde há o celebre encontro dele com o Dr. Watson , narrador e companheiro de aventuras.
            O livro inicia-se com lembranças de Dr. Watson sobre a guerra em que vivera e a dificuldade financeira em que vive, que lhe obriga a procurar alguem para dividir um apartamento. Num encontro casual com um amigo (Stanford) ele narra o seu problema Stanford entao lhe responde que era segunda pessoa a lhe dizer que presisava de alguem para compartilhar um apartamento.
Stanford apresenta Dr. Watson a Sherlock  onde Watson fica muito surpreso com as deduções de sherlock a respeito de onde estivera nesses ultimos anos é daí então que surge uma das maiores duplas de todos os tempos.
            Um Estudo em Vermelho propõe um enigma terrível para a polícia, que pede auxílio a Sherlock: um homem foi encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto, uma expressão de pavor. Mas Sherlock Holmes comanda apenas a primeira parte ( Reedição das Reminicencias de John H. Watson , MD ex-membro do Departamento Médico do Exercito ) do livro e dois capítulos da segunda parte, até desvendar magnificamente a identidade do assassino. Na segunda parte ( A Terra dos Santos ) ele pouco aparece, e o autor parece escrever um conto sobre o que viria a ser conhecido como "Velho Oeste", demorando-se a contar a vida dos Mórmons em zona rural dos Estados Unidos, até que vários acontecimentos levassem ao vingativo desfecho em Londres.
   Sendo assim vale muito a pena ler este que é sem dúvida um dos gigantes da literatura mundial . 


" O cérebro humano, em sua origem, é como um sótão vazio que você pode encher com os móveis que quiser. "